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No dia 15 de setembro, no Santuário Cenáculo da Família do Pai, em Lisboa, dissemos numa só voz: Sim aqui estamos, Vamos Contigo! No culminar deste SIM, quisemos também oferecer um presente … uma recordação ao nosso Santuário de Lisboa. Através de um painel, quisemos contribuir para perpetuar o carisma e a vida do nosso Fundador e a sua ligação a Portugal, à terra de Santa Maria. Recorremos a uma “linha do tempo”, adotando imagens do Padre Kentenich acompanhado por famílias, crianças, e em oração no Santuário. Como pano de fundo, as imagens dos locais emblemáticos de Lisboa por onde passou quando fez escala em Portugal: Jerónimos, Torre de Belém e Sé. No centro deste painel encontra-se o nosso Santuário – O Nosso Lar, onde somos interpelados a caminhar com a sua presença. Por último uma marca desta recordação, as frases e recados que foi dando às Famílias portuguesas, entre elas: Vivam da vossa História…. Pela Pastoral do Santuário, Teresa e Diogo XXIV DOMINGO TEMPO COMUM – ANO B 50 anos da morte do Padre José Kentenich Igreja de Santa Maria de Belém 1. Reunimo-nos para celebrar 50 anos da morte do Padre José Kentenich. Damos graças ao Senhor pelo dom da sua vida, pelo seu testemunho de amor, de fidelidade e serviço à Igreja. Ele continue presente através do seu carisma, na numerosa família espiritual de Schoenstatt. Os carismas são dons do Espírito Santo para a edificação da Igreja e sua missão no mundo. Foi assim que o entendeu e viveu o Padre José Kentenich. Um dos traços marcantes do seu carisma é o amor a Maria e o amor à Igreja: “o amor à Mater Christi e à Mater Ecclesia ou o sentir com Maria e o sentir com a Ecclesia sempre foram para mim idênticos, de maneira similar como Mariologia e Eclesiologia se condicionam, necessitam e sustentam mutuamente. O nível, a medida e o modo de um amor determinam o nível, a medida e o modo do outro”. (PK, Carta, 19.0162), escreveu numa das suas cartas. Na celebração do cinquentenário da sua morte a sua Família espiritual propõe-se assumir, com fidelidade renovada e criativa, o compromisso de amar a Igreja, como o Padre Kentenich a amou, a partir do próprio carisma, com os desafios próprios que ela está a viver hoje, nomeadamente: - o da sua reconfiguração missionária, mediante a descoberta da eterna novidade e alegria do Evangelho; - o da sua reconfiguração familiar, como Igreja «família de famílias» e família para os que não tem família; - o da recuperação do seu rosto materno, de Igreja acolhedora, aberta e misericordiosa, samaritana, «hospital de campanha», que cuida e cura as feridas da humanidade com o bálsamo da misericórdia; - o desafio da crise do compromisso comunitário, da conversão pastoral e missionária, da inculturação da fé, de uma Igreja «em saída»; - o desafio da purificação e “transformação eclesial e social”, para o qual, o Papa, na recente carta ao Povo de Deus, pediu o envolvimento de todos os batizados. - o desafio da fé e do acompanhamento dos jovens; - o desafio de uma Igreja serva, a exemplo do seu Senhor, de Cristo servo, que nos chama a segui-lo pela via da renúncia a nós mesmos, aos nossos projetos pessoais, para abraçarmos a via do Evangelho, do sofrimento purificador e da cruz redentora, como Jesus hoje nos propõe no Evangelho que escutámos. 2. Jesus, a caminho das povoações de Cesareia de Filipe, questiona os discípulos sobre a sua identidade: “Quem dizem os homens que Eu sou?” Para povo Jesus era um profeta entre muitos que eles conhecem. Mas acrescenta logo de seguida: “E vós quem dizeis que Eu sou?” Jesus não pergunta: “Quem sou eu?”, mas “quem dizeis que Eu sou?”, porque «dizer» implica compromisso; implica a vida de quem o diz. E Jesus quer implicar os discípulos na sua própria vida, no seu caminho, na sua missão. Para os discípulos, no «dizer» de Pedro, Ele é o Messias – “Tu és o Messias”. Este dizer de Pedro é do que ele sabe, é um dizer “convencional”. Por isso, Jesus adverte-os severamente que não falassem dele a ninguém, porque ainda não estavam capazes de o fazer, porque ainda não o conheciam suficientemente bem, porque ainda não penetraram no seu mistério. E “começou a ensinar-lhes”, revelar-lhes a sua identidade profunda, o que significava ser «o Messias», a sua missão e o seu destino, que eles são chamados a compartilhar. Ele é o Messias, sim, mas um Messias não como o entendia Pedro e os restantes discípulos, e certamente também como nós o entendemos, mas um Messias que “tinha de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois”. Pedro rejeita e recrimina este modo de ser Messias, não era isto que estava à espera; não aceita o caminho da rejeição, do sofrimento e da morte de que Jesus fala e tenta dissuadi-lo. Jesus é muito duro com ele ao dizer-lhe: “Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens”. A lógica de Pedro é mundana, contrária à lógica de Deus e do seu projeto de salvação. E Jesus apressa-se a reunir a multidão aos discípulos, para dizer a todos que o seu seguimento passa por abraçar este caminho da renúncia a si mesmo, comporta assumir o sofrimento, a cruz, perder a vida por causa dele e do Evangelho para a salvar. 3. Hoje, no nosso caminhar com Jesus, a pergunta é dirigida a nós, porque todos nós somos discípulos: “Quem dizeis que Eu sou?” “Quem é Jesus para nós, que dizemos dele, que implicação tem na nossa vida?” A pessoa de Jesus chega-nos através de imagens, formulas, devoções, explicações doutrinais e teológicas e interpretações culturais, que, por vezes, até encobrem o seu mistério. A resposta não passa por encher a boca com títulos cristológicos admiráveis, mas por uma resposta pessoal e comprometida. «Dizer» quem é Jesus, pressupõe a fé, o encontro e experiência de algum caminho com Ele; pressupõe que a nossa vida esteja implicada na dele. «Dizer» quem é Jesus implica compromisso, verdade e realismo no seu seguimento. 4. «Dizer» quem é Jesus implica a aceitação do desafio do seguimento, não como nós o idealizamos, mas como Ele propõe: “Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. «Dizer» quem é Jesus implica aceitar a totalidade do seu mistério, estar disposto a partilhar o seu caminho, a sua missão, o seu destino. Implica o sofrimento que está inevitavelmente ligado ao testemunho do seguimento. Implica arriscar a própria existência, sem calculismos, por Cristo e pelo Evangelho. Implica ir contra a corrente do que pensa e faz a maioria. Implica a cruz: A cruz é o estandarte de Jesus Cristo e dos seus discípulos, é a verdade de um amor indeclinável, de uma salvação segura. Não nos salvamos sem ela, nem ajudaremos a redenção dos outros apanhados como Pedro pela miragem do sucesso, do triunfo e de poder, dominados pela lógica mundana. A reação negativa de Pedro perante a revelação de Jesus é emblemática e encarna a dos homens e mulheres de todos os tempos diante do mistério da cruz. O centro da fé cristã consiste em acreditar na glória de Deus que se manifesta na ignomínia da cruz. Enquanto não se compreende, se aceita e se crê nisto, a adesão a Cristo permanece frágil e inconsistente. O discípulo é chamado a seguir a via do Mestre, assumindo a cruz como lei fundamental da sua existência. Enquanto não o fizer, ainda não se tornou verdadeiramente discípulo. 5. A fé que professamos é um dom de Deus, e tem de ser professada não apenas com os lábios, mas com a vida, com gestos concretos de caridade, diz-nos o apóstolo São Tiago, na segunda leitura. A fé que não está disposta a encarnar a lógica divina da cruz, da justiça, do amor, do dom da vida, é uma fé morta. A fé não pode limitar-se a uma simples adesão do espírito às verdades reveladas, mas deve inspirar o comportamento, os pensamentos, os sentimentos as ações, toda a vida do crente, que aderiu a Cristo e ao Seu Evangelho. Uma fé unicamente verbal e teórica não salva. As «obras» que permitem verificar a autenticidade da fé, são todas as ações da vida do crente, expressão do seu ser cristão, marcadas pela lógica do amor, que contém em si a lógica da cruz. Cristo espera de nós uma fé viva, coerente, contagiante, que impregne toda a nossa vida e que se traduza em obras, que nos identifiquem como verdadeiros cristãos, seus discípulos. Jesus não se contenta com uma pertença superficial ou formal, não lhe é suficiente uma primeira e entusiasta adesão; é necessário participar na sua vida e na sua missão, perder a vida, por causa dele e do Evangelho. “A vida é um mistério de amor, que quanto mais a doamos, mais nos pertence” (Bento XVI). “Os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais (…) A vida alcança-se e amadurece à medida que a entregamos para dar vida aos outros”, é esta a missão dos discípulos de Jesus, é esta a nossa missão. (cf. DA,360). 6. A vida do Padre José Kentenich foi uma vida fecunda, porque enraizada no mistério pascal de Jesus, marcada pela renúncia a si mesmo, pelo sofrimento, por uma experiência forte do mistério da cruz, pelo «perder a vida por causa de Jesus e do Evangelho». O seu amor à Igreja é marcado por uma obediência filial e dolorosa, por uma fidelidade provada. Ele fez da sua vida um dom a Cristo, para o serviço da Igreja e da sua missão no mundo, até ao fim, a exemplo de Maria. Em Maria, Mãe e educadora, encontrou o caminho do seguimento e do seu serviço a Cristo e à Igreja, que cabe a vós, hoje, como herdeiros espirituais, continuar. Que ele interceda por nós e pela Igreja, que ele muito amou, e nos ensine e viver no “corpo eclesial” com a sua mesma fidelidade, comunhão, obediência e amor. † Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família. Senhor D. Joaquim Mendes Bispo Auxiliar de Lisboa, Como membros do Conselho Diocesano de Lisboa, em nome de toda Família de Schoenstatt, alegramo-nos e agradecemos a sua presença, na qualidade de representante da Igreja de Lisboa e, particularmente, do Senhor Cardeal-Patriarca, nesta celebração de gratidão pela missão, Obra e pessoa do Padre José Kentenich, nosso Pai e Fundador, no 50º aniversário da sua morte. As duas únicas palavras gravadas no túmulo do Padre Kentenich, a seu desejo, são expressão da sua fidelidade inquebrantável à Igreja, comprovada pelos 14 anos de exílio, e são testemunho e testamento deixado para todos os tempos aos seus filhos espirituais: Dilexit Ecclesiam! | Amou a Igreja! Queremos hoje reafirmar a nossa decisão de segui-lo nessa fidelidade e amor à Igreja. Para isso, comprometemo-nos a prolongar com criatividade o seu carisma e o testemunho profético da sua vida, tal como o expressava na homilia durante as exéquias, o bispo D. Tenhumberg que disse que a vida do Padre Kentenich pode ser lida como um livro de Deus para nós, apresentando três capítulos fundamentais, em cujas mensagens reconhecemos a nossa contribuição à Igreja:
Queremos também hoje renovar a promessa do Padre Kentenich ao Papa Paulo VI no sentido de nos comprometermos com a Igreja no espírito do Concílio Vaticano II. Assumimos o compromisso de contribuir para que a Igreja seja mais família. Vivendo e garantindo o carisma familiar da Obra de Schoenstatt, segundo o ideal “Cor unum in Patre” (um só coração no Pai), somos também chamados a ser alma da unidade na diversidade e promover a união das forças apostólicas para enfrentar em comum o desafio e a tarefa evangelizadora que a realidade atual apresenta à Igreja. Assumimos o compromisso de colaborar para que a autoridade eclesial, especialmente a pessoa do sucessor de Pedro e seus pastores, seja reconhecida como um reflexo da paternidade de Deus misericordioso. Assumimos o compromisso de ajudar a Igreja no diálogo com o nosso tempo, fiel às suas raízes, dinâmica e aberta a novos desafios; uma Igreja peregrina com “rosto jovem e belo, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor” (Papa Francisco, em Fátima). Assumimos o compromisso de servir a Igreja para que seja cada vez mais como Maria, cheia do Espírito Santo, irradiando a luz de Cristo, testemunha da misericórdia de Deus que se revela na sua humildade. Enviados pelas graças do Santuário, somos chamados a ser Maria no coração da Igreja, o poder do amor que gera uma cultura de Aliança. Como expressão deste nosso Compromisso, pedimos-lhe que seja portador do compromisso e de uma fotografia que gostaríamos de oferecer ao Senhor Cardeal-Patriarca, fotografia essa que regista o momento em que o Padre Kentenich fez a seguinte promessa ao Santo Padre Paulo VI: “Nós queremos, com todas as forças da Família, chegar a realizar o mais perfeitamente possível a missão pós-conciliar da Igreja.” Para aprofundar isto, perpetuando-o, o Padre Kentenich entregou ao Santo Padre um cálice para a nova Igreja, planeada com o título ‘Matri Ecclesiae’ (Mãe da Igreja) E trazemos, diante de si, os nossos compromissos apostólicos: Conscientes de que fomos chamados a fazer parte da missão do Padre Kentenich para o nosso tempo e imbuídos do espírito fundacional, renovamos o compromisso do nosso Pai e Fundador ao serviço da Igreja, assumindo apostolados concretos, conforme a nossa realidade e estado de vida, de modo a gerar uma cultura de Aliança nas nossas paróquias e lugares onde atuamos, contribuindo assim para uma nova ordem social cristã. Que na força da Aliança de Amor, a nossa Mãe, Rainha e Vencedora Três Admirável torne fecundas as obras que lhe entregamos, para glória da Santíssima Trindade. AS GRANDES ATIVIDADES DESTE ANO já estão agendadas, anote!
Família do Pai em Terra de Santa Maria, Porta da Europa
A Jornada de Dirigentes deste ano é no dia 28 de Outubro e o tema central será sobre a pedagogia do P. Kentenich, como resposta profética aos desafios do nosso tempo. Marcamos assim uma linha de orientação para este ano pastoral. Durante estas semanas de preparação rezemos todos pelas Jornadas e pela fecundidade deste ano: Confio em Teu poder … As Jornada das dioceses do Centro – norte realiza-se no dia 21 de Outubro. “Fazer da Palavra de Deus o lugar onde nasce a fé” « O nosso objetivo específico de 2017-2018 - enuncia-se assim: “Fazer da Palavra de Deus o lugar onde nasce a fé”. Detalho depois alguns pontos desse número. Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, inspiração básica do nosso Sínodo Diocesano, o Papa Francisco escreve o seguinte: «Toda a evangelização está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização. Por isso, é preciso formar-se continuamente na escuta da Palavra. A Igreja não evangeliza se não se deixa continuamente evangelizar. É indispensável que a Palavra de Deus “se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial”» (EG, nº 174) – esta última frase é citação da exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, nº 1, do Papa Bento XVI, documento que não deixaremos de reler ao longo do ano.» In Carta aos diocesanos de Lisboa - 2017/2018 - Ler + http://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?id=8070 “Sim, aqui estamos! Vamos contigo!”
«… propomos a todos um “Ano do Padre Kentenich”, que começará no dia 15 de setembro de 2017 e culminará no aniversário de 50 anos da Páscoa do Pai e Fundador: no dia 15 de Setembro de 2018. Ao longo deste ano coloquemos o nosso Fundador no centro, o seu pensamento e a sua mensagem, a sua biografia tão rica e fascinante, as respostas que deu aos desafios da Igreja e do mundo e que hoje ainda quer dar através de nós. Este ano dá-nos a oportunidade de aprofundar o vínculo com o nosso Pai e Fundador, para que o seu carisma reviva novamente em nós. Convidemos muitas pessoas a conhecer ou a redescobrir o Padre José Kentenich como profeta do nosso tempo! (…) No sábado 15 de setembro de 2018, como Família de Schoenstatt, queremos dizer ao nosso Pai e Fundador nos diversos Santuários e Catedrais onde celebraremos: “Sim, aqui estamos! Vamos contigo!”. Prometendo à Igreja colaborar com ela na sua missão no espírito do Padre José Kentenich. In Carta da Presidência Internacional de Schoenstatt - Ler + Dia 15 de Outubro – reserve a data
Para dirigentes e representantes dos ramos, convidados por cada ramo. Esta jornada anual é um ponto fundamental de reflexão da vida do nosso Movimento em Lisboa e em Portugal. Neste dia seremos convidados a participar ativamente e a fazer chegar os frutos desse trabalho, posteriormente, aos ramos onde estamos inseridos. Este ano, queremos dar continuidade à reflexão de aprofundamento e compromisso com o ideal nacional, a identidade e missão de Schoenstatt em Portugal, revisitando o documento “dos traços de Schoenstatt em Portugal”. Queremos assumir este documento como nossa carta magna e guia para as opções e estratégias comuns para o futuro. O contributo de cada um será fundamental. Por isso, reservem já nas vossas agendas o dia 15 de Outubro. Inscrições e programa, a partir do dia 15 de Setembro. |
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