Este mês celebramos o dia 18 no dia seguinte à 4.ª feira de cinzas.
Propomos neste dia refletirmos um pouco na fé prática na divina providência, inspirando-nos na carta apostólica do Papa Francisco.
Na fé prática, temos uma escola que nos permite observar a realidade não como gostávamos que ela fosse, mas como ela se nos apresenta de facto, procurando nas diversas vicissitudes da vida a vontade do Pai a nosso respeito, sabendo que a Graça se manifesta nas pequenas coisas que cada dia nos oferece.
Esta adesão à realidade, sobretudo quando ela nos traz tantas perplexidades e sofrimentos, como frequentemente ocorre nestes tempos, é exatamente um dos pontos da pessoa de S. José, a que o Papa nos chama a atenção:
Na nossa vida, muitas vezes sucedem coisas, cujo significado não entendemos. E a nossa primeira reação, frequentemente, é de desilusão e revolta. Diversamente, José deixa de lado os seus raciocínios para dar lugar ao que sucede e, por mais misterioso que possa aparecer a seus olhos, acolhe-o, assume a sua responsabilidade e reconcilia-se com a própria história. Se não nos reconciliarmos com a nossa história, não conseguiremos dar nem mais um passo, porque ficaremos sempre reféns das nossas expectativas e consequentes desilusões.
A vida espiritual que José nos mostra não é um caminho que explica, mas um caminho que acolhe. Só a partir deste acolhimento, desta reconciliação, é possível intuir também uma história mais excelsa, um significado mais profundo.
É esta adesão à realidade, baseada na confiança filial e na consciência de instrumento, que nos permite assumir um otimismo fundamental, uma atitude positiva e tranquila na nossa vida.
Façamos, com S. José, este caminho de aceitação da realidade e de saber ler nela os sinais do amor que o Pai nos oferece a todo o tempo, seguro de ser este o caminho da felicidade que, com José, fazemos para o Menino e Sua Mãe.
Liga das Famílias de Lisboa