Um fogo que pede a transformação: Encontro do Papa Francisco com a Presidência Internacional de Schoenstatt
PAPA FRANCISCO con Schoenstatt, Maria Fischer •
Cedo, no dia 26 de Outubro, 3 anos e um dia depois da Audiência Jubilar na Aula Paulo VI, aquela Audiência na qual o Papa Francisco nos deu a palavra de ordem para o segundo século de Schoenstatt: “Cultura do encontro é cultura de Aliança e, isso gera solidariedade”, abriram-se as portas, da Capela da Casa Santa Marta, aos membros da Presidência Internacional de Schoenstatt, reunida em Roma para a sua Jornada anual. Tiveram o privilégio de participar na Missa matinal do Santo Padre.
“Foi impressionante ver essa mudança em Francisco quando começou a Homilia. Anteriormente, muito tranquilo, desenvolveu um fogo, uma vitalidade impressionante, um falar apaixonado”, comentou o Pe. Egon Zillekens num telefonema a um membro da equipa de schoenstatt.org. Falou de um dos seus temas preferidos – a transformação de vida, a conversão real, a partir do encontro com o fogo de Cristo, o fogo ateado no encontro com Cristo. “As dificuldades na nossa vida não se resolvem aguando a verdade. A verdade é esta, Jesus trouxe fogo e luta, o que eu faço?”O grande: E, agora, o quê?
Depois da Missa, cada um pôde cumprimentar o Santo Padre, começando pelo Pe. Juan Pablo Catoggio – os dois conhecem-se há muitos anos e as fotografias transmitem o fogo do encontro. O Pe. Juan Pablo ofereceu ao Santo Padre um exemplar do “Rumo ao Céu” e um postal com as assinaturas de todos os membros da Presidência.
Um regalo
O Pe. Egon Zillekens, falando em espanhol com o Papa, ofereceu-lhe a edição alemã do livro que resultou da grande entrevista do Pe. Alexandre Awi sobre o vínculo de Francisco com Maria . “Agora também o tem em alemão”, disse-lhe o Pe. Egon, sabedor de que o Papa já tem o livro em portugués e em espanhol. As fotografías mostram como o Santo Padre está a olhar, com gratidão, para o livro e o está a folhear. Esse momento vale todo o esforço da tradução e distribuição do livro, este tesouro sobre a Aliança de Francisco com a Mãe de todos nós.
Para terminar o breve encontro, foi tirada a foto de grupo que nunca pode faltar.
Um encontro, uma aliança, solidariedade.
Resumo da Homilia em Santa Marta na Missa de 26 de Outubro de 2017 (Rádio Vaticano)
“Jesus nos chama a mudar de vida, a mudar de rumo, nos chama à conversão”. Isso comporta lutar contra o mal, inclusive no nosso coração, “uma luta que não traz tranquilidade, mas paz”.
Assim disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, explicando – inspirado pelo Evangelho do dia – que este é o “fogo” que Jesus lança sobre a terra. Um fogo que requer transformação:
Uma “conversão que envolve tudo, corpo e alma, tudo”, destacou Francisco:
“É uma transformação, mas não é uma transformação que se faz com a maquiagem: é uma transformação que o Espírito Santo faz, dentro. E eu devo ajudar para que o Espírito Santo possa agir e isso significa luta, lutar!”
“Não existem cristãos tranquilos, que não lutam”, acrescentou o Papa, “estes não são cristãos, são ‘mornos’”. A tranquilidade para dormir “pode ser encontrada inclusive numa pastilha”, disse, “mas não existem pastilhas para a paz” interior.
“Somente o Espírito Santo” pode dar “aquela paz da alma que dá a fortaleza aos cristãos. “E nós devemos ajudar o Espirito Santo” – exortou o Papa – “abrindo espaço no nosso coração”: “E nisto, muito nos ajuda o exame de consciência, de todos os dias”, para “lutar contra as doenças do Espírito, aquelas que semeiam o inimigo e que são as doenças da mundanidade”.
“A luta que Jesus travou contra o diabo, contra o mal – recordou o Papa – não é algo antigo, é algo muito moderno, é algo de hoje, de todos os dias”, porque “aquele fogo que Jesus veio nos trazer está no nosso coração”. Por isso devemos deixá-lo entrar, e “perguntar-se todos os dias: como passei da mundanidade, do pecado, à graça, abri espaço para o Espírito Santo para que Ele pudesse agir?”
“As dificuldades na nossa vida não se resolvem aguando a verdade. A verdade é esta, Jesus trouxe fogo e luta, o que eu faço?”
Para a conversão, concluiu Francisco, é preciso “um coração generoso e fiel”: “generosidade, que sempre vem do amor, e fidelidade, fidelidade à Palavra de Deus”.