De seguida tivemos um painel de 5 mães em diferentes fases e estados de vida, que nos deram o seu testemunho. É sobre este painel que vos falo, sendo que não há palavras que expressem devidamente o agradecimento de todas nós a essas mães que de coração aberto se entregaram a nós e por nós.
Primeiro falou-nos a Maria do Céu, avó, com 2 filhos e 4 netos que está atualmente já reformada. O seu nome diz tudo: tivemos uma amostra de céu quando nos leu a cartinha que uma das netas escreveu sobre como é estar na casa da avó onde existe um Santuário Lar. Contou-nos a sua história que nos confirma que Nossa Senhora está sempre silenciosamente presente e à nossa espera, basta que o nosso coração se abra. Foi isso que aconteceu à Maria do Céu, e desde aí não mais se distanciou e com a perseverança e paciência, própria das avós, tem cativado marido, filhos e netos para a descoberta do amor de Nossa Senhora.
Depois ouvimos a Rosarinho, mãe divorciada, com 2 filhos e educadora de infância de profissão. A Rosarinho testemunhou-nos a esperança, fácil nos momentos doces da vida e uma dádiva de Deus nos momentos amargos. A formação dos filhos sem um mesmo fio condutor entre o pai e a mãe, as dificuldades profissionais e monetárias, a vocação de mulher/esposa que não pode ser exercida, é o caminho duro de muitas das mães de Schoenstatt. A Rosarinho testemunhou que a esperança não tem que morrer, que o Espírito Santo é o seu grande aliado e que a Mãe do Céu de facto a nos pega ao colo quando nos vê mais fracas.
De seguida foi a Vera que nos contou um pouco da sua vida. É casada, tem um filho e é esteticista. Ensinou-nos como é possível fazer apostolado no exercício da profissão, com pequenos gestos de perdão, de humildade e compreensão - podemos ser verdadeiros instrumentos da Misericórdia de Deus. Deu-nos uma profunda lição de vida sobre a prática da Caridade que “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, e testemunhou uma profunda confiança na presença de Nossa Senhora como sua educadora.
Foi então a vez da Mafalda, viúva e mãe de 2 filhos, actualmente responsável da comunicação de Schoenstatt Lisboa. O drama da sua viuvez repentina marcou profundamente a sua vida. Afirmou que é possível tomar a decisão de ser feliz quando Deus faz parte da nossa vida. Que ser feliz não é uma emoção como hoje em dia nos querem fazer crer, mas sim o resultado da confiança em Deus, da certeza de que nada deve perturbar o destino que Deus pensou para cada uma de nós: a eternidade na sua companhia. Gostamos muito de usar a nossa liberdade, que nos foi dada por Deus, mas perante uma desgraça não compreendemos porquê e não sabemos o que fazer com a liberdade que Deus nos deu. A Mafalda também não compreendeu, mas o suporte da família e de verdadeiros amigos fê-la descobrir o caminho certo a percorrer. Acho que falo por todas dizendo que ficamos com a Mafalda no nosso coração e nas nossas orações pedindo por ela e agradecendo o dom da sua vida.
Terminámos com a Teresa, arquiteta de profissão, casada, com 3 filhos e na força da vida. Partilhou o dilema das mulheres de hoje em dia: ser profissional perfeita, mulher perfeita, mãe perfeita e com direit0 a uma vida perfeita! Este desafio diabólico que desfoca do essencial. Felizmente a vida dá-nos por vezes bofetadas que podemos rejeitar ou abraçar. Foi o que aconteceu na vida da Teresa: um sobrinho em perigo de vida “acordou-a” para o essencial e de forma comovente disse-nos que agradece ao sobrinho, que foi um anjinho que Deus ofereceu à família para os educar. Todo o sofrimento é fecundo quando com ele aprendemos a olhar para Jesus. Concluiu da melhor maneira dizendo-nos que o mundo a inundou, mas agora sabe que o que quer é amar e morrer por amor.
Resta dizer que em todos os testemunhos encontrámos um denominador comum: o nosso movimento de Schoenstatt. No movimento aprendemos que não estamos sós, que devemos deixar-nos educar por Nossa Senhora e que temos a missão de anunciar o Amor, o verdadeiro Amor.
Que grande Graça, esta pertença ao movimento de Schoenstatt!
Autora: Rita Fontoura, Liga de Mães