+ Deixa a tua marca.+
18 Schoenstatt Lisboa
  • Home
  • Noticias
  • Agenda
  • Ramos e projetos
    • Juventude Feminina
    • Juventude Masculina
    • Ramo das Mães
    • Ramo dos Homens >
      • Terço dos Sábados
    • Ramo das Famílias
    • Mãe Peregrina
  • Pastoral
  • Info
    • Horários
    • Contactos
    • Como Chegar
    • Site Schoenstatt.pt
    • Politica de privacidade
  • Noticias
  • Noticias
  • Blog

15.09.2018  Homilia de D. Joaquim Mendes

17/9/2018

0 Comentários

 
Imagem
XXIV DOMINGO TEMPO COMUM – ANO B
50 anos da morte do Padre José Kentenich
Igreja de Santa Maria de Belém
 
1. Reunimo-nos para celebrar 50 anos da morte do Padre José Kentenich.
Damos graças ao Senhor pelo dom da sua vida, pelo seu testemunho de amor, de fidelidade e serviço à Igreja. Ele continue presente através do seu carisma, na numerosa família espiritual de Schoenstatt.
Os carismas são dons do Espírito Santo para a edificação da Igreja e sua missão no mundo. Foi assim que o entendeu e viveu o Padre José Kentenich.

Um dos traços marcantes do seu carisma é o amor a Maria e o amor à Igreja: “o amor à Mater Christi e à Mater Ecclesia ou o sentir com Maria e o sentir com a Ecclesia sempre foram para mim idênticos, de maneira similar como Mariologia e Eclesiologia se condicionam, necessitam e sustentam mutuamente. O nível, a medida e o modo de um amor determinam o nível, a medida e o modo do outro”. (PK, Carta, 19.0162), escreveu numa das suas cartas.
Na celebração do cinquentenário da sua morte a sua Família espiritual propõe-se assumir, com fidelidade renovada e criativa, o compromisso de amar a Igreja, como o Padre Kentenich a amou, a partir do próprio carisma, com os desafios próprios que ela está a viver hoje, nomeadamente:
- o da sua reconfiguração missionária, mediante a descoberta da eterna novidade e alegria do Evangelho;
- o da sua reconfiguração familiar, como Igreja «família de famílias» e família para os que não tem família;
- o da recuperação do seu rosto materno, de Igreja acolhedora, aberta e misericordiosa, samaritana, «hospital de campanha», que cuida e cura as feridas da humanidade com o bálsamo da misericórdia;
- o desafio da crise do compromisso comunitário, da conversão pastoral e missionária, da inculturação da fé, de uma Igreja «em saída»;
- o desafio da purificação e “transformação eclesial e social”, para o qual, o Papa, na recente carta ao Povo de Deus, pediu o envolvimento de todos os batizados.
- o desafio da fé e do acompanhamento dos jovens;
- o desafio de uma Igreja serva, a exemplo do seu Senhor, de Cristo servo, que nos chama a segui-lo pela via da renúncia a nós mesmos, aos nossos projetos pessoais, para abraçarmos a via do Evangelho, do sofrimento purificador e da cruz redentora, como Jesus hoje nos propõe no Evangelho que escutámos.
 
2. Jesus, a caminho das povoações de Cesareia de Filipe, questiona os discípulos sobre a sua identidade: “Quem dizem os homens que Eu sou?”
Para povo Jesus era um profeta entre muitos que eles conhecem.
Mas acrescenta logo de seguida: “E vós quem dizeis que Eu sou?”
Jesus não pergunta: “Quem sou eu?”, mas “quem dizeis que Eu sou?”, porque «dizer» implica compromisso; implica a vida de quem o diz.
E Jesus quer implicar os discípulos na sua própria vida, no seu caminho, na sua missão.
Para os discípulos, no «dizer» de Pedro, Ele é o Messias – “Tu és o Messias”.
Este dizer de Pedro é do que ele sabe, é um dizer “convencional”.
Por isso, Jesus adverte-os severamente que não falassem dele a ninguém, porque ainda não estavam capazes de o fazer, porque ainda não o conheciam suficientemente bem, porque ainda não penetraram no seu mistério.
E “começou a ensinar-lhes”, revelar-lhes a sua identidade profunda, o que significava ser «o Messias», a sua missão e o seu destino, que eles são chamados a compartilhar.
Ele é o Messias, sim, mas um Messias não como o entendia Pedro e os restantes discípulos, e certamente também como nós o entendemos, mas um Messias que “tinha de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois”.
Pedro rejeita e recrimina este modo de ser Messias, não era isto que estava à espera; não aceita o caminho da rejeição, do sofrimento e da morte de que Jesus fala e tenta dissuadi-lo.
Jesus é muito duro com ele ao dizer-lhe: “Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens”.
A lógica de Pedro é mundana, contrária à lógica de Deus e do seu projeto de salvação.
E Jesus apressa-se a reunir a multidão aos discípulos, para dizer a todos que o seu seguimento passa por abraçar este caminho da renúncia a si mesmo, comporta assumir o sofrimento, a cruz, perder a vida por causa dele e do Evangelho para a salvar.
 
3. Hoje, no nosso caminhar com Jesus, a pergunta é dirigida a nós, porque todos nós somos discípulos: “Quem dizeis que Eu sou?”
“Quem é Jesus para nós, que dizemos dele, que implicação tem na nossa vida?”
A pessoa de Jesus chega-nos através de imagens, formulas, devoções, explicações doutrinais e teológicas e interpretações culturais, que, por vezes, até encobrem o seu mistério.
A resposta não passa por encher a boca com títulos cristológicos admiráveis, mas por uma resposta pessoal e comprometida.
«Dizer» quem é Jesus, pressupõe a fé, o encontro e experiência de algum caminho com Ele; pressupõe que a nossa vida esteja implicada na dele.
«Dizer» quem é Jesus implica compromisso, verdade e realismo no seu seguimento.
 
4. «Dizer» quem é Jesus implica a aceitação do desafio do seguimento, não como nós o idealizamos, mas como Ele propõe: “Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
«Dizer» quem é Jesus implica aceitar a totalidade do seu mistério, estar disposto a partilhar o seu caminho, a sua missão, o seu destino.
Implica o sofrimento que está inevitavelmente ligado ao testemunho do seguimento.
Implica arriscar a própria existência, sem calculismos, por Cristo e pelo Evangelho. 
Implica ir contra a corrente do que pensa e faz a maioria.
Implica a cruz: A cruz é o estandarte de Jesus Cristo e dos seus discípulos, é a verdade de um amor indeclinável, de uma salvação segura.
Não nos salvamos sem ela, nem ajudaremos a redenção dos outros apanhados como Pedro pela miragem do sucesso, do triunfo e de poder, dominados pela lógica mundana.
A reação negativa de Pedro perante a revelação de Jesus é emblemática e encarna a dos homens e mulheres de todos os tempos diante do mistério da cruz.
O centro da fé cristã consiste em acreditar na glória de Deus que se manifesta na ignomínia da cruz. Enquanto não se compreende, se aceita e se crê nisto, a adesão a Cristo permanece frágil e inconsistente.
O discípulo é chamado a seguir a via do Mestre, assumindo a cruz como lei fundamental da sua existência. Enquanto não o fizer, ainda não se tornou verdadeiramente discípulo.
 
5. A fé que professamos é um dom de Deus, e tem de ser professada não apenas com os lábios, mas com a vida, com gestos concretos de caridade, diz-nos o apóstolo São Tiago, na segunda leitura.
A fé que não está disposta a encarnar a lógica divina da cruz, da justiça, do amor, do dom da vida, é uma fé morta.
A fé não pode limitar-se a uma simples adesão do espírito às verdades reveladas, mas deve inspirar o comportamento, os pensamentos, os sentimentos as ações, toda a vida do crente, que aderiu a Cristo e ao Seu Evangelho. Uma fé unicamente verbal e teórica não salva.
As «obras» que permitem verificar a autenticidade da fé, são todas as ações da vida do crente, expressão do seu ser cristão, marcadas pela lógica do amor, que contém em si a lógica da cruz.
Cristo espera de nós uma fé viva, coerente, contagiante, que impregne toda a nossa vida e que se traduza em obras, que nos identifiquem como verdadeiros cristãos, seus discípulos.
Jesus não se contenta com uma pertença superficial ou formal, não lhe é suficiente uma primeira e entusiasta adesão; é necessário participar na sua vida e na sua missão, perder a vida, por causa dele e do Evangelho.
 “A vida é um mistério de amor, que quanto mais a doamos, mais nos pertence” (Bento XVI).
“Os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais (…) A vida alcança-se e amadurece à medida que a entregamos para dar vida aos outros”, é esta a missão dos discípulos de Jesus, é esta a nossa missão. (cf. DA,360).
 
6. A vida do Padre José Kentenich foi uma vida fecunda, porque enraizada no mistério pascal de Jesus, marcada pela renúncia a si mesmo, pelo sofrimento, por uma experiência forte do mistério da cruz, pelo «perder a vida por causa de Jesus e do Evangelho».
O seu amor à Igreja é marcado por uma obediência filial e dolorosa, por uma fidelidade provada.
Ele fez da sua vida um dom a Cristo, para o serviço da Igreja e da sua missão no mundo, até ao fim, a exemplo de Maria.
Em Maria, Mãe e educadora, encontrou o caminho do seguimento e do seu serviço a Cristo e à Igreja, que cabe a vós, hoje, como herdeiros espirituais, continuar.
Que ele interceda por nós e pela Igreja, que ele muito amou, e nos ensine e viver no “corpo eclesial” com a sua mesma fidelidade, comunhão, obediência e amor.
 
† Joaquim Mendes,
Bispo Auxiliar de Lisboa
e Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.

0 Comentários

O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.


Deixe uma resposta.

    Arquivo

    Junho 2023
    Maio 2023
    Abril 2023
    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Agosto 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Fevereiro 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Setembro 2021
    Julho 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Setembro 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Julho 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Janeiro 2015
    Dezembro 2014
    Novembro 2014
    Outubro 2014
    Setembro 2014
    Julho 2014
    Junho 2014
    Maio 2014
    Abril 2014
    Março 2014
    Fevereiro 2014
    Janeiro 2014
    Dezembro 2013
    Outubro 2013
    Setembro 2013

    Categorias

    Tudo
    2013
    2014
    2015
    2016
    2017
    2018
    2019
    Abril
    Dezembro
    Fevereiro
    Janeiro
    Julho
    Junho
    Maio
    Março
    Março
    Novembro
    Outubro
    Setembro

    Feed RSS

Com tecnologia Crie um website único com modelos personalizáveis.