No meio dum dia tão bem passado, após o ótimo almoço e os jogos em que nos sentimos verdadeiras crianças, “filhas de Maria”, tive a graça de moderar a apresentação de quatro projetos nascidos à sombra do Santuário, frutos dos caminhos de santidade de mulheres schoenstattianas.
A Mariana Ramalho, de Lisboa, com a sua simplicidade mostrou ter um coração do tamanho do mundo, sempre agradecida à Mãe, fez uma partilha linda que tocou todas. Apresentou o projeto, ainda a começar, chamado “Mãe por Mãe”, que visa visitar e trazer ao Santuário, mães que já têm dificuldade de o fazer sozinhas, e com esse encontro conhecer melhor o nosso movimento pelas histórias que partilham e pelo tanto que têm para dar às mais novas. Só com a dinâmica deste projeto foi possível a uma mãe poder ir à peregrinação das famílias, pois não é pelas pernas mais cansadas que se deixa de fazer parte da peregrinação em família. Mãe de quatro filhos, mostrou-nos como tem o coração cheio de alegria e amor, pois ainda tem tempo para ir uma vez por semana visitar presas, inserida num voluntariado não religioso, o que vê como oportunidade de levar Nossa Senhora a todas elas, mesmo as que ainda não A conhecem. E ainda nos contou, que todos os anos, no verão, oferece uma semana de férias para rumar a Fátima, e ficar a tomar conta de crianças e jovens com deficiência, sendo quase mãe deles, para que os seus pais possam descansar nessa semana.
Depois, foi a vez da Isabel Santos, do Porto, com dois filhos, um neto e outro a caminho, com uma família muito schoenstattiana. Apresentou um projeto de toda a família de Schoenstatt do Porto, que nasceu do desejo de ir para a rua, assumidamente como movimento de Schoenstatt para se dar a conhecer e pescar! Começaram as caminhadas, uma vez por mês, juntando o bem-estar físico e a espiritualidade. Caminham, meditam e vão falando e conquistando quem os vê passar! E também com o intuito de juntar verbas para o santuário. Na Liga de Mães criaram a oficina de Lavoures, também com finalidade de obter verbas, mas, mais que isso, é também um momento de convívio onde mulheres prendadas partilham os seus talentos, passam a tradição, aprendem umas com as outras e vão estreitando vínculos.
A terceira mãe, de Aveiro, a Lurdes Matias, praticamente nasceu no santuário, tem 3 filhos e é educadora de infância. Veio falar-nos de dois projetos que nasceram para celebrar o jubileu dos 40 anos do Santuário de Aveiro. O primeiro, de toda a família de Aveiro, tem por objetivo dar a conhecer o santuário e o movimento a todas as paróquias da diocese de Aveiro. Duma forma simples e cheia de humor a Lurdes contou-nos que, apanhada de surpresa, com a imagem da Mãe peregrina ao seu colo foi capaz de falar cheia do Espírito Santo sobre o movimento e convidar todos a ir ao santuário. Depois apresentou o projeto da Liga de Mães, como uma reconstrução do santuário, têm um livro no santuário em que cada uma aponta sempre que vai ao santuário e cada mãe tem um livrinho onde põe um carimbo que é um tijolo e escreve, para si só, um pensamento e assim cada uma é um tijolo e todas somos pedras vivas! Pôs-nos a cantar, deixou nos todas a rir e a compreender que o humor é muito importante num caminho de santidade e de espalhar a palavra.
O quarto projeto apresentado por duas mães de Lisboa, conhecido como projeto dos enxovais, foi apresentado pela Zezinha Gonçalves Pereira e pela Elisa Morais. As duas, com um grupo de mães, e senhoras de outros ramos da família, juntam-se semanalmente para prepararem enxovais de bebé completos, feitos com todo o carinho. Casaquinhos feitos a mão, lençóis, chuchas, tudo o que uma mãe precisa para dar ao seu bebé quando nasce. Estes enxovais são entregues a quem precisa, designadamente, mães ajudadas pelo Apoio à vida e de Moçambique, projetos estes que também foram criados por membros da família de Schoenstatt.
Foram quatro projetos escolhidos para ser apresentados que mostram como a graça do envio apostólico nos é dada pela nossa Mãe, até porque sabemos que muitas outras mães também vão trabalhando, com o carisma de Schoenstatt, todos os dias, na família, no trabalho, com os amigos e noutros projetos. Que bom, que alegria damos á nossa Mãe de ser família do Pai!
Autora: Madalena Tomé, Liga de Mães