Surgiu-lhe uma oportunidade de trabalho numa casa de família. Mas onde deixar José?
O Padre Savels, seu confessor, conseguiu uma vaga para o pequeno José num orfanato em Oberhausen. Ficava assim assegurado um lugar para o menino morar, ser educado e ter uma boa formação escolar.
Assim, no dia 12 de abril de 1894, Catarina Kentenich levou o pequeno José até ao orfanato. Antes de deixá-lo, foi com ele até à capela e, em frente a uma imagem de Nossa Senhora, entregou-lhe o seu filho; consagrando-o a Maria.
MEDITEMOS este acontecimento e o que nos revela o silêncio que envolve os três protagonistas:
1.-- A mãe, Catarina Kentenich – Quanta angústia e sofrimento não passava pelo seu coração.
Toda a santidade da vida de uma mãe é feita de simplicidade e silêncio: as mães calam e preocupam-se; choram e oram; de dia trabalham e de noite velam pelos seus filhos. Naquele momento crucial da sua vida, a mãe Catarina Kentenich, voltou-se para Maria. Confia a Maria o seu único filho, para que a Mãe Admirável o assuma como filho e o eduque em seu lugar. Catarina crê e entrega porque sabe que Maria encerra em si a dor, a luta e a esperança de todas as mães. Catarina ensina-nos que às vezes os acontecimentos da vida escapam à nossa compreensão, mas o mais importante não é entender; o mais importante é saber entregar-se à vontade de Deus – Pai.
2. - A Mãe Nossa Senhora. Ousemos tentar ler o silêncio do coração da Mãe Três Vezes Admirável.
Será que Maria ao contemplar aquela dolorosa despedida de mãe e filho, não se terá lembrado da sua própria despedida e entrega aos pés da cruz? “Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua Mãe” (Jo 19, 25-28)
O coração da Mãe Maria encheu-se de misericórdia por aquela mãe Catarina que entregava o seu filho aos seus cuidados. A partir daquele instante, Maria assume integralmente a maternidade do pequeno José.
A Mãe de Deus assume sempre a responsabilidade de tudo o que lhe entregamos.
3. - O filho José Kentenich. O pequeno José tinha nove anos, sofreu com a separação da mãe, com o medo e com a insegurança de viver sozinho num orfanato.
A mãe entrega-o e consagra-o a Nossa Senhora. José assume profundamente a verdade absoluta: Ela é minha Mãe! Nesse dia, sela a Aliança de Amor com a Mãe de Deus; lança-se a semente no coração do Pe. José Kentenich e do que se viria a tornar toda a obra de Schoenstatt. O Pe. Kentenich viveu toda a sua vida em Aliança de Amor com Maria como um menino de 9 anos.
Pedimos-lhe que nos ensine o seu segredo: Viver a nossa Aliança de Amor, na filialidade de uma criança que simplesmente sabe: Ela é minha Mãe, Ela é nossa Mãe.
Pastoral do Santuário Cenáculo da Família do Pai
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