Um dia, a pedagogia da Aliança de Amor entra na casa da família Cravo, primeiro através da mãe, depois em família, quando todos participam na fundação da União de Famílias de Schoenstatt. Uma força inesperada, horizontes amplos, novos contactos, a perspetiva de mudar o mundo com a energia da cultura da Aliança. O Gonçalo, depois de muitos anos de participação ativa na paróquia, entra para a Juventude Masculina e para as primeiras experiências de missões familiares, e abre-se à vocação sacerdotal.
Sim, o Gonçalo agora é padre. Quando o bispo, quase 85 anos de entrega e fidelidade, e o novo sacerdote, com uma vida inteira pela frente, se abraçam, a igreja inteira irrompe num sonoro aplauso, emocionado e feliz. Nossa Senhora acolheu Jesus na Encarnação e logo partiu para ajudar e servir. O Padre Gonçalo quer viver assim, como ele próprio testemunhou na Missa a que presidiu em Fátima, no dia a seguir à sua Missa Nova. Esta, tinha-a celebrado na manhã de Domingo, 25 de setembro, no Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt, o Santuário Cenáculo da Família do Pai em Lisboa. Uma vez mais rodeado de centenas de pessoas, sobretudo de famílias jovens e muitas crianças, mas também daqueles que há mais de 50 anos se tornaram o fundamento sólido de toda esta vida pujante, quando se atreveram a trazer o Movimento para Portugal durante os anos difíceis do exílio do fundador, P. José Kentenich (1885-1965).
Nesse dia de Missa Nova, o Padre Gonçalo usava a sua estola bordada por um preso de Santiago do Chile e por uma irmã clarissa de Lisboa com imagens significativas: a mulher que muito tinha pecado e a quem Jesus perdoou tudo; o barro que é formado pelas mãos do oleiro; a portuguesa Cruz de Cristo e das caravelas missionárias. Na estola e na história do Padre Gonçalo, recados de Deus para todos nós, o amor do Pai que procura cada filho para lhe oferecer a sua misericórdia e o formar no amor, e que agora e para sempre conta com a entrega total do seu novo sacerdote. Rezamos com o P. Gonçalo: “Pai, porque sou débil e pequeno, faz de mim um milagre de misericórdia!”
P. Francisco Cruz Sobral, ISch