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Movimento de Schoenstatt. Da teoria à prática, com Jesus na ordem do dia

17/2/2015

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A espiritualidade está centrada no amor a Maria, presente como educadora, mãe, amiga. Talvez por isso todos, leigos e consagrados, se sintam em casa.

Marcos e Raquel, casados, Rita, a aguardar a decisão final sobre a anulação de um casamento, e João Pedro, a terminar a faculdade. Mingas, a representante da juventude feminina, não pôde, à última hora, estar presente. Só leigos e nenhum sacerdote, por incompatibilidade de horários. Mas, por telefone, o padre José Melo, coordenador das actividades do Movimento de Schoenstatt, viria a explicar que estava muito bem assim, porque "estrutura não é piramidal, é federativa".

E depressa se percebe que, sem uma hierarquia vincada, este tipo de estrutura é uma das marcas-d'água da instituição, um dos movimentos católicos mais elitistas e por muitos considerado ultraconservador. Riem-se os quatro quando pergunto se estão de acordo e, à laia de brincadeira, lhes peço os apelidos: Frescata, Fontoura e Duarte. A intermediária do encontro é Rocha e Melo. Coincidência. Acontece que o santuário de Lisboa, à volta do qual se realizam todas as actividades, foi construído no Restelo, uma zona nobre.

Muito mais a sério, explicam que para se construir um santuário não basta ter dinheiro, é preciso haver vida. E, quando uma comunidade sente que está preparada, então sim, ergue um altar. A ideia é que é Nossa Senhora quem escolhe onde e quando. O Santuário do Restelo foi erigido em 1974 e os pais de Marcos foram membros fundadores. Mas há mais três: em Braga, Aveiro e no Porto, por acaso no Canidelo, na margem mais pobre do rio Douro.

"Há uma ideia errada sobre o movimento", dizem. E João Pedro, que está na juventude masculina, é o primeiro a concordar e a desmistificar. Já conhecia Shoenstatt, pelos amigos e pela irmã. "Via-os num grupo de vida, muito felizes, e não percebia bem. Aos 18 anos decidi dar uma hipótese e experimentar." Até hoje. Mas não o fez antes porque "tinha um preconceito, que muita gente tem. Achava que era um movimento muito fechado, pouco acolhedor. E é tudo ao contrário", conta. "Nem é preciso pertencer a um dos ramos [ver caixa], basta vir a uma missa para perceber isso."

E foi este acolhimento que atraiu Rita, a representante do grupo das mães. Ao contrário de João Pedro, que está "tão bem aqui" que não quer "experimentar outros movimentos", Rita já passou por diversas experiências, dos Jesuítas ao Comunhão e Libertação. Não só por ser mais velha, mas porque tem quatro filhos, entre os 16 e os 24 anos, e cada um escolheu o seu caminho, todos católicos.

"Tinha influências mas nunca me vinculei a nenhum movimento. Casei, tive filhos e sempre gostei de conhecer as várias possibilidades, mas nunca os empurrei para lado nenhum." Um dia uma amiga desafiou-a para a peregrinação a Fátima, que Schoenstatt realiza todos os anos, e foi. "Inscrevi-me sem dizer se tinha preferência por algum grupo e fiquei num em que não conhecia quase ninguém", lembra. "Mas as pessoas interessam-se genuinamente pelo outro, sobretudo se estiver sozinho." Pouco depois formava-se o grupo de mães. "Shoenstatt é um movimento de liberdade, interior e exterior."

Marcos, baptizado no santuário aos 15 dias, explica: "A ideia é cada um encontrar o seu espaço de crescimento mais profundo. Há lugar para todos." E esta dimensão é importante, ter espaço para acolher. "Os grupos nascem espontaneamente pela necessidade de receber uma pessoa concreta que encontra em Shoenstatt o seu caminho", diz. Depois cada grupo cria vínculos e uma unidade que o ajuda a crescer.

Marcos é convicto nas seus crenças, tanto que pouco dias depois de ter pedido Raquel em namoro já lá vão perto de dez anos, ela estava no movimento, a ajudá-lo a organizar a peregrinação a Fátima. Hoje já fazem os dois parte do grupo das famílias.

"Em Fátima, por exemplo, não há um santuário, o que pode parecer estranho, porque o nosso carisma é mariano", afirma Raquel. Para logo concluir que é assim "porque não há um grupo de pessoas que gere vida. E é na medida em que há vida que as coisas acontecem".

E é também Raquel quem responde, enquanto embala o carrinho da pequena Madalena, à acusação de que movimentos como Schoenstatt estão a roubar fiéis e vocação à igreja diocesana. "Queremos ser vistos como fonte de integração. Não podemos ver estes movimentos como algo que tira, mas como algo que acrescenta."

Rita acrescenta que é bom olhar para a Igreja e ver uma quantidade de leigos com um papel tão activo. É verdade que há padres que se queixam que lhes estão a roubar fiéis, mas se calhar "nas paróquias não são acolhidos assim". E logo acrescenta que o movimento é um extra no crescimento espiritual de cada um. Ela própria está a formar na paróquia de Santa Maria de Belém um grupo de visitas a reclusos, "porque o chamamento foi lá".

João Pedro sabe que esta crítica é real. Na comunidade dos Olivais, um padre chegou a perguntar-lhe o que é que a diocese poderia fazer para imitar os movimentos e cativar mais jovens. Mas não está de acordo com a condenação. "Penso que se não fossem os movimentos, muitas das vocações que existem não seriam descobertas. Por exemplo, os padres de Schoenstatt poderiam nunca ser padres por não sentirem o chamamento ou os fiéis poderiam nem sequer frequentar missa nenhuma".

De facto, a Igreja diocesana diz que está a envelhecer e o Movimento de Schoenstatt está cheio de gente nova. "Talvez não tenham gerado vida necessária para cativar as pessoas. É a Igreja, no seu seio, que tem de perceber o que perdeu em dado momento que deixou de atrair as pessoas", remata Raquel.



Por Isabel Tavares
publicado em 17 Fev 2015 - in Jornal i
fotografia: Manuel Vicente
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